quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Quem quer saber?

Mesmo quando tudo pede um pouco mais calma, sigo esbarrando em grossos ombros criados por uma urgência de vida. Uma urgência que desaparece e vem à tona, num movimento ondulatório mais freqüente do que o planejado.
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma, os dias não esperam, não me esperam. Espero do mundo um pouco mais de paciência, só um pouco mais. Mas a vida não espera, não desacelera. E dela tiro pouco. Pouco a pouco.
Eu me recuso, faço hora, vou na valsa. Vou numa dança particular, movimentos espontâneos. Queria eu tê-los ensaiado um pouco mais.
Mas a vida não pára. Retira meus segundos delirantes, os transforma em loucuras declaradas de uma mente não tão fantástica.
Enquanto todos esperam a cura do mal e a loucura finge que isso tudo é normal, eu grito, o corpo berra em mais uma certeza sem validade.
Será que tenho esse tempo pra perder?

3 comentários:

Anônimo disse...

po, ótima pedida essa música nesse momento caótico de fim de ano + crise global! tô falando, Lenine é foda, meu!

Marcello M. disse...

tempo não se perde.
toda a nova sensação é ganho.
desisti de tentar fazer tudo que eu quero. não dá. falta tempo. mas comecei a ver beleza em tudo que faço.

Anônimo disse...

é verdade... será que temos esse tempo pra perder? essa é a pergunta essencial.

tanto, que dá até medo.


=**