Eu nunca tinha vivido um amor que enche. Que dá pena de não
sorrir, de não pensar em pra sempre.
Um amor assim confunde a lógica dos
sonhos, bagunça a inquietação. E diminui o ritmo da inspiração.
Degraus foram feitos para inquietos, para o incomodo, para
uma ou outra lágrima e segundos de êxtase. Mas só lá no finalzinho.
Quem está cheio de amor se basta. Quer sentar no degrau que
está, adormecer abraçados. Parece que a procura terminou. A lógica muda. E,
assumo, ela anda bastante confusa. Lógica irracional.
A felicidade não é um estado natural. É preciso moldar-se
a ela, acertas rebarbas, acomodar a cabeça.
É como afofar travesseiro novo.
É só questão de ser.
Um comentário:
Esperando infinitamente por uma postagem final desse blog. Que pra mim foi um livro que arrancaram a última página, e vou manter na mochila até encontrar a última linha, e só depois guardar.
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