sábado, 10 de abril de 2010

Da divisão de corpos ou A alma que pouco(s) entende(m)

E um todo divide-se em dois. Um reflexo mal formado, batidas mal espaçadas.
E um todo sentimento, brota de duas fontes. Uma é o reflexo mal formado da outra, mas encontrar a palpável é tarefa enfadonha demais para os dias de frio. Nestes dias, basta olhar para a pouca luz e imaginar-se sugada pelo reflexo. Como seria? Seria quente? Seria, assim, leve e quente? Seria natural como deve ser?
Ou a ideia de expectativas simplesmente transformaria tudo em fumaça? Fumaça que não dispersa com o vento, aquelas que insistem em permanecer frente às faces coradas.
A ideia de expectativas já transformou muito do que era surpresa em fumaça. Uma vida de expectativas e segundos de pura fumaça. Daquelas que não se dispersam. Das opacas, que deixam o andar mais lento.
Dos dias frios, relembro o silêncio. Trago o silêncio e, dele, do que está longe, trago o que há para tragar. Da segurança dos dias de renascimento, trago pouco.
É humano ser humano e brindar o que está por vir com gotas de passado. Bela experiência, pensamos. Belas e carrancudas experiências, que o transformaram no humano, no ser humano que transborda o que não é, o que não quer ser ou, ainda, o que deseja ser. Tudo sem saber que amanhã, a ideia será outra e expectativas sempre surgirão.
De aromas e cenas, trago intensidade. Sugo aqueles pequenos momentos, fotos e vontades, paro o que roda o dia. E, do que mora lá dentro, divido em intensidades vívidas, verdadeiras.
Poucos sabem o quanto é verdadeiro.

* Daquela que, a cada dia, inventa sua moralidade. Assim, só por diversão.

2 comentários:

Anônimo disse...

difícil saber ao certo como filtrar certos rompantes de melancolia, saudosismo ou seja lá o que for... viver me confunde os sentidos. tanto, que me perco.

... disse...
Este comentário foi removido pelo autor.