Numa ciranda a vida se dá.
Escorrem as vontades, desejos, sonhos mal contados.
Como uma pilha torta de livros, uma história acumula-se sobre outra.
E outra, outra, outra.
Um pouco lobo, um pouco cordeiro, crio e destruo minhas próprias ilusões.
Sinto-me mais humana do que antes.
A mim, cabem papéis diferentes. Hoje sou uma louca, abandonada pelo único amor, trancada num pequeno porão empoeirado. Amanhã, um guerreiro viril a lançar flechas em nome de Apolo. Um dia, cabe-me apenas o papel de pedra, muda, a espreita-te em uma esquina qualquer, a incomodar teu caminho ou a apertar-te o sapato. Outro, encarno a protagonista de uma existência amoral.
Hoje, sinto-me mais humana do que ontem.
Concebo e aborto meu próprio romantismo.
7 comentários:
Isso é viver, com liberdade e acima de tudo com respeito.
Respeito por ti e pelos outros.
Beijo, querida
amor, acabou a cerveja
.
Belas palavras moça. Bela foto nova.
Adorei a "pilha torta de livros, uma história acumula-se sobre outra.". Imagem bacana.
bravíssimo!
da mesma forma paradoxa
o amor trás dor e prazer
paixão e ódio
querer perto e querer longe
como, dessa forma, se pode sofrer tanto ao amar?
escreve mais!
bjos minha linda!
deus ou deuses, certamente, não são os responsáveis por isso...
acompanho este blog a muito tempo , e não consigo ficar um dia sem vir aqui ,Hoje me pego ouvindo Albinoni vs Beethoven por um poste seu , hoje criei coragem que comentar algo , suas palavras são perfeitas .
tenho decorado muitas palavras tuas tenho textos teus decorados o inicio ao fim .
Hoje, sinto-me mais humana do que ontem.
Concebo e aborto meu próprio romantismo.
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