quinta-feira, 27 de setembro de 2007

O amor é um móbile.

O amor não é orgânico. Não é meu coração que sente o amor. É minha alma que o saboreia. Não é no meu sangue que ele ferve. O amor faz sua fogueira dionisíaca no meu espírito. Sua força se mistura com a minha, e nossas pequenas fagulhas ecoam pelo céu como se fossem novas estrelas recém-nascidas. O amor brilha. Como uma aurora colorida e misteriosa. Como um crepúsculo inundado de beleza e despedida. O amor grita seu silêncio e nos dá a sua música. Nós dançamos sua felicidade em delírio porque somos alimento preferido do amor. Se estivemos também a devorá-lo. O amor, eu não conheço. E é exatamente por isso que o desejo e me jogo do seu abismo. Me aventurando ao seu encontro. A vida só existe quando o amor navega. Morrer de amor é a substância de que a vida é feita. Ou melhor, só se vive no amor. E a língua do amor é a língua que eu falo e escuto.



Morrer de amor é a substância de que a vida é feita. Isso resume muitos e cansativos discursos. Adeus. Uma madrugada etílica me aguarda.



(Vênus - Moska)

Um comentário:

Cecília Floresta disse...

petulância é realmente um vício.
e acho que nós damos nomes mundanos demais a certos sentimentos; nós esperamos coisas mundanas demais deles. amor, gostar, tesão... tudo a mesmíssimamerda, em doses maiores ou menores, conforme algo desconhecido.