quinta-feira, 1 de julho de 2010

Um jogo e um alívio

De frente para um sofá vermelho. Uma luz à esquerda.
- Ideal. Eu desejo um ideal? Uma fuga, até mesmo dentro de padrões óbvios, a liberdade, o riso fácil.

Um suspiro e a voz alta.
- Que porra de ideal é essa?

Um copo de água mais tarde.
- É ideal? Eu desejo um ideal? Um sentido para aqueles momentos de sanidade. Aqueles poucos que, durante o dia, perturbam o silêncio de uma série de pensamentos lineares. Aqueles que entram por um lado, saem pelo outro e. Nada. Um sentido para os momentos. Mesmo para os quase sem sentido. Não é ideal.

Não é.
- Eu desejo um ideal? É só sentido. Caminho. Um mesmo sentido. Um reflexo conhecido nos olhos a frente. Um abrigo. Passos que se acompanham. Não é ideal. Trata-se, apenas, de um sentido. É meu ideal, entende? Não é perfeição. É riso fácil. Fácil. É sentir-se parte de algo. Entende? Não é ideal. Puta que pariu.

Outro copo de água.
- Para onde caminhamos? Não é ideal. É um sentido. Na concessão há limite? Eu acho que há. Não entende? Não entende que há limite? Há um limite. Porra.

(...)
Ideal. O que eu ainda posso retirar? É real? É justo? Há justiça nos sentimentos?
Nunca há justiça no riso fácil.

2 comentários:

Anônimo disse...

ideal
i.de.al
adj (baixo-lat ideale) 1 Que existe apenas na idéia. 2 Imaginário, fantástico, quimérico. 3 Que reúne todas as perfeições concebíveis e independentes da realidade. sm 1 Aquilo que é objeto de nossa mais alta aspiração. 2 O modelo idealizado ou sonhado pelo artista. 3 Perfeição. 4 Sublimidade.

Fernando Chuí disse...

Obrigado pela visita ao Fresta!, Nat. na próxima, deixe e-mail para retorno, ok?
beijão,
Chuí