quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Uma transformação efetiva e profunda pode se dar em poucas semanas, dias, horas?
Eu jamais duvidei de tal situação e, hoje, sou abençoada pela coragem de acreditar no que outros podem chamar de inconstância.


Uma súbita sensação desceu pela minha espinha. Algo quente, um arrepio diferente. Um batucar agradável, vozes fortes, semblantes serenos logo afastaram aquela gama de ansiedades, aquelas que andam ao nosso lado, a nossa frente, dia após dia.
E ali permaneci. Um dia, dois, três, uma semana, duas, três. Dentro daqueles grandes olhos que a todos fitam, envolvidos pelo som de uma flauta inaudível à sentidos tão imperfeitos, subjugada àqueles pés delicadamente desenhados que jamais pisaram algo menos macio que pétalas de lótus, permaneci.
Como matéria caída, acreditei que precisava retomar uma existência iludida pelo mundo material. Retomei, de fato. Mas pedacinhos da minha alma lá ficaram. À espera de que eu vá buscá-los.
Consciente de que caminho rumo ao real desapego que me conduzirá à libertação, despeço-me de pensamentos norteados pela mentira e inicio novos dias. Dias serenos, iluminados pela certeza de que meus passos deixarão minha mente próxima ao entendimento da essência da vida.

4 comentários:

Anônimo disse...

Fiquei feliz com as novas que chegaram-me sobre a sua pessoa.
Um grande passo rumo a essência.

Namastê

Rafaela V disse...

Lixando ladrilhos e leiloando penduricalhos?
Fico feliz.

Ainda que o relógio no pulso insista em te iludir, sob ele haverá o pulsar das tuas artérias, ciclo incansável, a te contar o que vem do coração.

Agora tens consciência disso.
É a diferença de antes para agora.
(Um viva à pequena enorme diferença!)

Anônimo disse...

ahhh

é sempre bom se renovar, né?
que bom!

^^

Mariana Waldow disse...

sabe...penso que milagres cósmicos, fenômenos inéditos, sensações místicas averbais, intraduzíveis, emoções intransponíveis, ou como queiram chamar, acontecem direto e reto, na vida de todo aquele que se relaciona minimamente com seu aparelho sensorial....o lance que me pergunto é: a gente retém esse conhecimento, essa luz, esse insight, essa visão, essa supra-compreensão?

penso sobre a natureza do repertório humano...até onde ele realmente se despe de pré-conceitos para deixar que a vida entre e apresente seus prórprios perfumes....