quinta-feira, 17 de maio de 2007

A viagem que é viver só

A gana por viver atropela os próprios sentimentos. A vontade reflete a simulação de um arco-íris, somente o reflexo de algo que está prestes a mudar.
Hoje, minha sede é mais seca. Só posso parar, olhar para o lado e assistir aos desejos que parecem escorrer, caminhar pelo canto da rua e terminar em um bueiro escuro.
Hoje, o arranhão dói mais.Apenas cruzo as pernas na tentativa de provar algo que não tenho certeza. Algo estampado nos olhares, na palma da mão, no som alternado das correntes da cigana.
O real apresenta-se duro, nu e cru.




As verdades borbulham ao meu lado. Todas juntas. Permanecer sã é tarefa impossível.

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